Cortar o peito de
frango em cubos e temperar com suco de limão, alho picado e gengibre fresco.
Dourar uma
cebola pequena picada, na manteiga sem sal ou ghee. Acrescentar o frango e quando
estiver ficando dourado, acrescentar dois shitakes fatiados, um pouco de nirá em pedaços de uns 4cm e uma colher de sobremesa de shoyo. Para finalizar, algumas gotas de óleo de
gergelim torrado.
Para
acompanhar: soba cozido com um pedaço de casca de laranja e uma salada crua de
espinafre, beterraba ralada e morangos fatiados, temperada somente com suco de limão.
Apesar do calor, ontem à noite fiz um caldo... Lembrou caldo verde, mas ao invés da batata era aipim - ou mandioca, ou macaxeira, como queira - ao invés do paio, carne seca desfiada e ao invés da couve, taioba cortada fininha. Tudo bem temperado com cebola, alho, tomate, um pedacinho de pimentão amarelo, pimenta vermelha, limão siciliano e coentro.
Sempre gostei do Jamie Oliver. Tenho vários livros dele. Adorei essa entrevista para a jornalista portuguesa, Alexandra Prado Coelho, apresentando posições claras sobre nutrição e senso de responsabilidade pública. Seu novo livro "Receitas Saudáveis" foi lançado em 5 de novembro, em Portugal. Entrevista: Jamie Oliver declara guerra ao açúcar Ah! Quer chegar aos 100 anos? Clique e saiba o que comer. E tem mais. Um canal no Youtube com receitas para o café da manhã. Great Jamie!!!
Melhor que um ovinho frito é um ovo estalado delicioso
e livre de gordura
trans.
Como hábito, fritamos os ovos na frigideira com óleo, azeite ou manteiga.
Mas o que poucos sabem, é que a
água também é capaz de proporcionar um ovinho frito
incrível! Sim, a água, minha gente!
Imagem: Shutterstock
Quando alguns alimentos são submetidos a muito calor com a
utilização de óleos, manteiga ou margarina, transformam-se em comidas que
possuem gordura trans e acabam perdendo todos os benefícios que possuem. Por isso,
o melhor de hoje é saber que há alternativa para o ovo também.
Para fritar um ovinho delicioso, basta acrescentar na
frigideira um dedinho de água até ferver. Quebre o ovo gentilmente e frite como
de costume. Se quiser, adicione uma pitadinha de sal e os temperinhos que você
mais gostar. Simples assim!
E o melhor de tudo, é que se você preparar seu ovo frito com água, além
de economizar óleo e absorver os nutrientes, você estará consumindo
apenas 75 calorias –
o equivalente às calorias do ovo cozido!
Fácil e rápida. Basta refogar 1 cebola na manteiga sem sal até ficar amolecida. Juntar 3 batatas doce sem cascas e cortadas em cubos e misturar por 1 minutinho e então acrescentar 1 copo de vinho branco seco. Deixar secar. Acrescentar 2 litros de caldo de galinha. Quando ferver, baixar o fogo e cozinhar as batatas. Bater tudo no liquidificador, adicionar 1/2 caixinha de creme de leite e bater bem.
Em um bowl ou prato fundo, colocar queijo de búfala ou minas padrão ralado e a sopa quente por cima. Misturar com uma colher. Ajuste o sal, ponha um pouco de noz moscada moída e tomilho ou outra ervinha, fresca ou seca.
O Vichyssoise é originalmente uma sopa fria com batatas e alho poró, mas também pode ser tomada quente.
10 das muitas lições de Pollan: 1 – Coma comida. 2 – Coma principalmente vegetais. Sobretudo folhas. 3 – Coma menos. 4 – Não coma nada que sua avó não reconheceria como comida. 5 – Coma quando tiver fome, não quando estiver entediado. 6 – Coma todas as besteiras que quiser, desde que você mesmo as cozinhe. 7 – Só coma alimentos que tenham sido preparados por humanos. 8 – Quanto mais branco o pão, mais depressa você vai para o caixão. 9 – Não é comida se chegou pela janela de seu carro. 10 – Não é comida se tem o mesmo nome em todas as línguas.
Michael Pollan defende que as pessoas cozinhem mais em vez de só assistirem a programas de culinária
O jornalista e escritor norte-americano afirma que estamos transformando a culinária num esporte do qual somos espectadores, e isso pode ter graves consequências nas nossas vidas
Michel Pollan, 59 anos, está no Brasil para lançar seu sétimo livro – o quarto publicado no país – “Cozinhar – Uma História Natural da Tranformação” (Instrínseca). Conhecido como o guru da vida saudável, Pollan defende uma alimentação mais natural e a partir de inúmeras pesquisas mostra como os alimentos industrializados podem ser prejudiciais a nossa saúde. Seus estudos renderam alguns best-sellers como “O Dilema do Onívoro”, “Em Defesa da Comida” e “Regras da Comida”, todos publicados no Brasil pela Intrínseca.
O autor conversou com o Meus 5 Minutos e falou sobre a importância da comida caseira, os riscos de deixarmos a nossa alimentação nas mãos das grandes corporações e até o que ele gosta de cozinhar na sua casa. Há uma semana no Brasil já elegeu seu prato preferido, a moqueca, ainda não provou brigadeiro e disse que não conseguiu cozinhar algo com os ingredientes daqui.
Meus 5 Minutos – No livro, você diz que estamos falando mais sobre culinária, pensando mais sobre o assunto e até dedicando no nosso tempo aos programas de TV sobre comida. Porque você acha que as pessoas têm tanto interesse no assunto e, ao mesmo tempo, estão tão pouco preocupadas com o que de fato comem? Michael Pollan – É meio que um mistério. Eu chamo do paradoxo da culinária. Nós estamos muito interessados no assunto, os chefs nunca foram tão importantes como celebridades como são hoje e vamos aos restaurantes para ver a coisa acontecendo, mas não fazemos isso em casa. Nós estamos transformando a culinária num esporte do qual somos espectadores, como o futebol. Parte da culpa vem do fato de não sabermos como cozinhar, e isso nos intimida. As pessoas não aprendem mais com os seus pais, muito menos na escola, aí não se sentem preparadas. Também porque muito da culinária que vemos na TV é extremamente avançada. Parece que você precisa ser um perfeccionista para fazer. Poucos programas na TV mostram a comida do dia a dia. Em vez disso, mostram competição na cozinha. Mas é claro que o objetivo desses programas não é lhe inspirar a cozinhar. O objetivo é fazer com que você assista mais TV e compre mais propaganda. Se você olhar para os comerciais, verá que eles não são sobre ingredientes. Eles vendem comida processada. E isso é o que a indústria quer que a gente compre. E, para mim, consumir comida industrializada, é terceirizar a nossa comida e deixar que as grandes corporações cozinhem para a gente. E aí perdemos o controle da nossa alimentação. Perdemos o controle das nossas vidas.
M5M – Mas continuamos longe da cozinha... Pollan – Comida virou entretenimento. É como teatro, música, dança... Isso é um ponto. O outro é uma mudança – pelo menos nos Estados Unidos, não posso falar pelo Brasil – na relação das pessoas com a comida. Estamos cada vez mais desconectados da origem da comida. Como não somos mais fazendeiros, não vamos mais às fazendas e não conhecemos fazendeiros, rompemos esta conexão entre a terra e a nossa comida e, agora, estamos percebendo que precisamos saber de onde a nossa comida vem. Nós somos muito curiosos e queremos restabelecer esta conexão. Isso é algo saudável. Mas este movimento ainda não está completo e não estará completo enquanto não voltarmos a cozinhar. As pessoas começam a perceber que não é saudável não saber nada sobre a origem do que é consumido, como os animais são criados, como são tratados, quais produtos químicos são usados nos legumes e nas verduras. Por essa razão as pessoas têm comprado mais produtos orgânicos o lido os rótulos com mais atenção. Estamos tentando nos reconectar com a origem desta coisa tão preciosa. Desta coisa que colocamos no nosso corpo todos os dias.
M5M – Você já nos disse o que podemos fazer para facilitar o nosso dia a dia na cozinha (veja todas as sugestões aqui), agora como podemos convencer alguém a não ter medo do fogão, das panelas...? Pollan – É nosso papel como jornalistas fazer as pessoas se sentirem mais capacitadas. E é por isso que escrevi este o livro “Cozinhar – Uma História Natural da Transformação”. Ele foi pensado para fazer as pessoas se animarem em relação ao cozinhar. Eu não quero dar um sermão para fazer as pessoas irem à cozinha, quero seduzi-las para lá. Então tentei escrever um livro com histórias que as façam perceber a cozinha como algo muito interessante. Algo muito estimulante. Quero que entendam que, ao cozinhar você aprende sobre o mundo, sobre a natureza, sobre a sua família. A cozinha não pode ser uma ameaça. Cozinhar é uma das coisas mais interessantes que fazemos como espécie. Já sabemos que as pessoas estão interessadas em culinária. O próximo passo é colocar a mão na comida. E não contratar alguém para fazer isso por você.
M5M – Cozinha-se mais no Brasil do que nos Estados Unidos. Pollan – De acordo com as estatísticas, nos Estados Unidos 50% das refeições são feitas fora de casa. Se eu não me engano, no Brasil o número é 30%. Então, sim, vocês têm uma culinária mais presente. O desafio é defendê-la. Porque as empresas multinacionais estão vindo com tudo para tirá-la de vocês. Eu posso dizer que elas estão muito ansiosas para que vocês não cozinhem mais. Porque ganham muito dinheiro quando vocês vão aos restaurantes ou comem comida processada.
M5M – Essas empresas ainda defendem que a comida processada está aí para facilitar a nossa vida. Pollan – Muitas pessoas não contam todo o tempo que elas passam não cozinhando. Uma refeição para quatro pessoas feita no microondas pode levar 45 minutos! E quando vamos aos restaurantes ainda tem o tempo de chegar até eles, o tempo de espera... Não é como se não gastássemos tempo comendo fora ou algo pré-pronto. Gastamos, sim, mas não cozinhando. E parte da culpa é nossa. Somos preguiçosos. No final do dia as pessoas já estão cansadas e ficam felizes em ter alguém para cozinhar para elas. Mas acho que é importante entendermos, mesmo com toda a preguiça, que há um custo muito alto em deixar a indústria cozinhar para você. E este custo é calculado na sua saúde. E nós sabemos que as pessoas que não cozinham têm níveis maiores de obesidade e outras doenças crônicas ligadas à alimentação. Precisamos lembrar que as grandes corporações não cozinham muito bem. Elas usam muito sal, gordura e açúcar, além de ingredientes baratos. Uma das grandes justificativas para fazer sua própria comida é que mesmo sem pensar nas calorias ou nos nutrientes, você terá uma alimentação mais saudável. Ao cozinhar, você não comerá sobremesa todos os dias, não comerá batata frita todos os dias. A tendência é comer comidas feitas da maneira mais simples possível, mas com os melhores ingredientes que encontrar.
M5M – Mas você acha que é mesmo possível mudar os hábitos alimentares da população? Pollan – Acho que como escritores, é nosso trabalho contar histórias que estimulem as pessoas a fazerem isso. E para as que dizem que estão muito ocupadas, pergunte quanto tempo elas passam assistindo à culinária na televisão. Veja se elas não poderiam dar meia hora do tempo que elas passam vendo esses programas para, de fato, cozinhar. Porque uma das maiores vantagens de cozinhar de verdade, em vez de assistir alguém fazendo isso na TV, é que quando acaba você ainda pode comer a comida.
M5M – O que está achando da comida brasileira? Conseguiu cozinhar algo com os ingredientes daqui? Pollan – Tenho comido muito bem aqui no Brasil, talvez até demais. Antes de vir ao Rio nós estávamos na Bahia e a comida de lá é uma delícia. Comemos muito frutos do mar. Meu prato preferido até agora é a moqueca. Ainda não fui a nenhuma das suas orgias de carne. Talvez isso aconteça em breve. Como fiquei em hotel, não tive a oportunidade de cozinhar por aqui.
M5M – Com que frequência você cozinha na sua casa? Pollan – Eu cozinho com a minha esposa. Quando meu filho – que estuda em outra cidade – está em casa ele também nos ajuda. Cozinhamos entre quatro e cinco noites por semana. Muito do que fazemos é bem simples. Nós temos sorte porque moramos perto de uma feira de agricultores e toda quinta-feira fazemos compras lá. Geralmente só decidimos o que vamos comer depois de ver o que tem na feira, o que está bonito. Também plantamos bastante coisa em casa. Temos ervas, muitos legumes e vegetais. Então quase sempre há algo da nossa horta na receita. Seja espinafre, acelga, abóbora... Comemos muita coisa com legumes, muito peixe. Carne vermelha uma vez por semana e olhe lá. Temos algumas noites vegetarianas e uma com frango.
M5M – Já sabe sobre o que será o seu próximo livro? Pollan – Eu acho que meu próximo livro será sobre plantas psicoativas e coisas que usamos para alimentar nosso cérebro em vez do nosso estômago. Estou escrevendo sobre coisas que vão desde café, cogumelos, suicídio... Estou vendo como usamos coisas da natureza para alterar a nossa consciência. É um grande desafio. Mas continuo escrevendo artigos sobre comida e continuo muito engajado nas políticas relacionadas à alimentação e como vamos mudar o sistema alimentar nos Estados Unidos.
M5M - Mas este não é um problema exclusivamente americano... Pollan – Toda a questão global da alimentação e como vamos alimentar 9 bilhões de pessoas são coisas que pretendo abordar. Também tem a questão da mudança climática relacionada à comida. Eu acho que as pessoas não percebem que um dos maiores responsáveis pela mudança climática é o sistema alimentar. Saiu um estudo esses dias dizendo que se queremos reduzir a emissão de carbono, o efeito estufa, devemos parar de comer carne vermelha.
M5M – E o que fazemos com o que aprendemos sobre churrasco no seu livro? Pollan – Precisamos lembrar que existem alguns tipos de comida que, assim como eram no passado, são para o que chamamos de “ocasiões especiais”. Deveríamos comer carne vermelha uma vez por mês, ou uma vez por semana, não todos os dias. Não precisamos eliminar completamente essas coisas do nosso cardápio, mas devemos colocar a carne vermelha no lugar onde costumava ficar: algo que não comíamos duas, três vezes por dia, como fazemos hoje. Antigamente só os ricos conseguiam comprar carne vermelha. Agora todo mundo consegue e come demais. Mas estamos aprendendo que esta é uma alimentação insustentável.
Acima: arroz integral com cenoura ralada, ervilha, castanha de caju, um dentinho de alho e salsa picada; e, salada de beterraba ralada com suco de limão siciliano e folhas de sálvia frescas.
Abaixo: purê de grão de bico; salmão salteado com legumes e manga.
- Misture porções iguais. Uma xícara de café de cada especiaria - Coloque uma colher cheia de sopa da mistura numa xícara - Coloque água quente - Tampe e deixe em infusão por 3 minutos - Beba à noite
Obs: Se não está acostumado com essas especiarias, a Universidade de Viçosa indica que seja feita uma avaliação para evitar contra-indicações.
Por cima, fatiazinhas de pepino, repolho roxo e manga, além de umas folhas de agrião, flores e tomates cereja. Por baixo, um purê de inhame e duas sardinhas (em lata (sic) cobertas por algumas folhas de coentro e uma colher de sobremesa de molho tailandês.
As feiras livres e quitandas de muitas cidades, não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina, são uma explosão de cores e sabores.
Formas estranhas e cheiros desconhecidos contribuem para uma variedade espantosa de verduras, frutas e legumes.
Mas, por mais variadas que possam parecer estas espécies e por mais próximas – uma ida ao supermercado do bairro basta para comprá-las – estes produtos representam apenas uma fração mínima das espécies que podemos comer.
Não é uma falha dos supermercados e feiras.
O fato é que das 400 mil espécies de plantas que existem no mundo, cerca de 300 mil são comestíveis. E, destas 300 mil, consumimos apenas cerca de 200.
E, a maioria das proteínas que consumimos e têm origem nas plantas vem de três cultivos: milho, arroz e trigo.
Tédio na vida sexual
Mas, se as opções são tantas, por que a humanidade se alimenta de apenas 0,06% das plantas comestíveis?
"Até agora, a explicação sugeria que fazemos isto para evitar o consumo de plantas tóxicas", disse à BBC Mundo John Warrer, professor de botânica na Universidade de Aberystwyth, na Grã-Bretanha, e autor do livro A Natureza dos Cultivos.
Para Warren, o argumento não tem fundamento.
"Muitas das plantas que comemos são originalmente tóxicas, mas, com o passar do tempo, nós e outros animais encontramos formas de lidar com estes componentes tóxicos."
O botânico se refere aos processos de domesticação que foram eliminando as substâncias venenosas nas plantas e também aos procedimentos como cozimento, que tornam uma planta digerível.
"Na verdade, fazemos isto pois escolhemos deliberadamente comer plantas que têm uma vida sexual muito tediosa", afirmou.
A vida sexual previsível, segundo Warren, é o que garante o sucesso de uma planta como cultivo em larga escala.
E previsível, neste caso, significa uma planta que se reproduz por um mecanismo de polinização muito generalizado, que pode ser o vento ou os serviços de insetos como as abelhas.
Os dez mais
As orquídeas são exemplos mais óbvios na hora de explicar a razão de uma planta com vida sexual complexa não ser boa para ser domesticada.
"Elas são as pervertidas do mundo das plantas. Têm flores e hábitos sexuais estranhos", diz Warren.
Existem cerca de 20 mil espécies de orquídeas, e muitas poderiam ser boas como alimentos. Mas, cultivamos apenas uma para o consumo: a orquídea da baunilha, cuja polinização, feita manualmente, é viável somente devido ao seu alto valor de mercado.
A razão pela qual não cultivamos mais orquídeas, segundo o professor, é "que elas têm uma vida sexual esquisita".
Para se reproduzir, estas orquídeas devem ser polinizadas por uma espécie específica de inseto e, tanto este quanto a orquídea, dependem do outro para sobreviver.
Se as orquídeas forem cultivadas longe do habitat deste inseto, não produzirão sementes e fracassarão como cultivo.
Por isso, segundo Warren, acabamos com apenas "dez cultivos mais importantes do planeta (milho, trigo, arroz, batatas, mandioca, soja, batata-doce, sorgo, inhame e banana), que, em sua maioria, se polinizam com a ajuda do vento, sem necessidade de insetos".
Abelhas
Se as plantas mais importantes para nossa dieta não dependem de insetos, outra pergunta que surge é: qual a razão de tanta preocupação com a queda global nas populações de abelhas, um dos principais agentes polinizadores?
Na opinião de Warren, "o problema foi exagerado".
"É importante, mas as abelhas não participam dos cultivos que nos dão calorias. Nenhum dos dez mencionados antes será afetado pela morte das abelhas."
"Mas, se as abelhas morrem, as frutas serão afetadas - as maçãs, peras, morangos, por exemplo - e isto prejudicará a nossa ingestão de vitaminas, a qualidade de vida e piorará nossa saúde. Mas, não vamos morrer de fome", acrescentou Warren.
O botânico acredita que é importante aumentar o número de espécies que cultivamos, e dá mais ênfase àquelas que exigem menos recursos.
"Nossa tendência é domesticar plantas muito nutritivas, mas que necessitam de muitos fertilizantes. Deveríamos cultivar novas plantas com sistemas nutritivos inferiores, porém mais sustentáveis no futuro", afirmou.
E, ainda de acordo com Warren, diferentemente de nossos ancestrais, entendemos as dificuldades de cultivar plantas de vida sexual complexa e podemos superar estes obstáculos.
1. "O pior inimigo da cozinha brasileira chama-se Alex Atala". No site português www.publico.pt 2. "Pesquisadores testam relação entre alecrim e boa memória". No site da BBC Brasil.
quinta-feira, 23 de julho de 2015
L’indigestion quivient
par Benoît Bréville, août 2015
Une carcasse artificielle tombe sur la chaîne de production d’une usine aseptisée. Recouverte par une épaisse pâte blanche sortie d’un bras métallique, elle passe ensuite par une machine qui lui donne l’aspect d’un poulet bien en chair auquel on aurait coupé la tête et les pattes. Quelques pulvérisations de colorant plus tard, la volaille est empaquetée, prête à être vendue. Extraites de L’Aile ou la Cuisse, un film populaire dans lequel Louis de Funès interprète un critique gastronomique en guerre contre un géant de la restauration collective, ces images présentaient en 1976 un caractère saugrenu, propre à susciter l’hilarité.
Quarante ans plus tard, la réalité a dépassé la fiction et le rire a viré jaune. De la nourriture fade et vite expédiée a remplacé les mets savoureux sur les tables des foyers et des restaurants. Des produits qui n’ont plus rien de naturel ont envahi les étals des supermarchés : des tomates et des fraises sans goût, produites hiver comme été dans des serres surchauffées, à coups d’engrais et de fongicides ; des plats préparés avec du « minerai de bœuf », un mélange de viande, de peau, de gras et de viscères dans lequel se nichent parfois des bouts de cheval ; des pizzas garnies au « fromage analogue », qui a toute l’apparence du vrai fromage mais ne contient pas une goutte de lait. Et même des petites croquettes de poulet baptisées « nuggets », dont la méthode de fabrication paraît tout droit sortie du film de Claude Zidi : il s’agit en fait d’une pâte de volaille recomposée, enduite de panure puis passée à la friteuse.
Tous ces produits sont arrivés dans les assiettes sans rencontrer de résistance majeure. Non pas que les consommateurs soient particulièrement friands de denrées chimiques ; mais parce qu’ils y ont trouvé un avantage économique et qu’on leur a beaucoup répété, là aussi, qu’il n’y avait pas d’alternative. Selon une idée largement entretenue par les multinationales de l’agroalimentaire — mais contredite par de nombreuses études (1) —, il serait en effet impossible de nourrir toute la planète avec des produits frais, sains et à des prix raisonnables. Il faudrait donc s’accommoder de l’intensification de l’élevage et de l’agriculture, de l’usage des pesticides et des farines animales, de la standardisation des denrées, et n’y voir que des inconvénients nécessaires à la démocratisation de l’alimentation. D’ailleurs, renchérissent les thuriféraires de la malbouffe, cet ingénieux mode de production n’a-t-il pas fait chuter la part de budget qu’un ménage français consacre à se nourrir de 40,8 % en 1958 à 20,4 % en 2013 (2) ?
L’alimentation bon marché a pourtant un coût — social, sanitaire, environnemental —, d’autant plus visible que les habitudes de consommation des pays occidentaux se diffusent à travers le monde. Pour proposer des produits à bas prix, le complexe agro-industriel écrase les salaires et précarise des dizaines de millions de travailleurs : les fruits et légumes vendus par la grande distribution (où s’effectuent 75 % des dépenses alimentaires en France) sont récoltés par des saisonniers ou des immigrés clandestins sous-payés, transportés par des chauffeurs routiers qui ne comptent plus leurs heures, vendus par des caissières embauchées au tarif minimum. En outre, les denrées industrielles, riches en gras saturés, en sucre et en sel, sont particulièrement caloriques. Consommées en quantité importante — comme la publicité y invite —, elles favorisent le surpoids et l’obésité, et donc la diffusion de maladies comme le cholestérol, le diabète, l’hypertension. Deux cent mille Américains meurent chaque année d’une affection liée à leur tour de taille. A l’échelle mondiale, le nombre de personnes en surpoids (environ un milliard et demi) excède celui des malnutris (environ huit cents millions). Un second « fardeau de la nutrition » est ainsi venu se greffer au mal de la faim.
Déforestation, pollution des nappes phréatiques, appauvrissement des sols et destruction de la biodiversité : le productivisme alimentaire a enfin des conséquences funestes sur l’environnement. A elle seule, l’industrie de la viande accapare 78 % des terres agricoles de la planète ; elle est responsable de 80 % de la déforestation de l’Amazonie et de 14,5 % des émissions de gaz à effet de serre causées par l’homme. Sachant qu’il faut quinze mille litres d’eau et sept kilos de céréales pour produire un kilo de bœuf, et que, par exemple, trois mille kilos de bœuf sont consommés chaque minute en France, il suffit ensuite de faire le calcul…
Pour parer au carambolage écologique, certains envisagent d’accélérer la fuite en avant scientifique. Des biologistes et des généticiens ont ainsi mis au point le « steak synthétique », entièrement fabriqué en laboratoire, et l’œuf artificiel, conçu sans poule. Mais d’autres, toujours plus nombreux, prônent le retour à une agriculture locale, respectueuse de l’environnement et affranchie des chaînes de la grande distribution. Cette solution demeure cependant circonscrite à la minorité de la population qui peut s’offrir le luxe de se nourrir correctement sans trop amputer d’autres dépenses essentielles. Les classes populaires, elles, demeurent largement captives des produits de l’agro-business. Ainsi, le combat pour l’alimentation est également politique et social : permettre à chacun de disposer des moyens d’accéder à une nourriture de qualité. Benoît Bréville Fonte: Le Monde Diplomatique